Muitas famílias em Campinas aguardam há anos a regularização fundiária de onde moram. A regularização fundiária, em termos gerais, é o processo que inclui medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais, com a finalidade de integrar assentamentos irregulares ao contexto legal das cidades. 

Após o processo de atualização cadastral dos proprietários dos apartamentos, finalmente, a documentação foi enviada ao cartório para emissão das escrituras e a Cohab Campinas realizou em 26 de junho, a entrega de 168 matrículas de imóveis a famílias dos Núcleos Residenciais Condomínio Orlando Dias, Torquato Neto, Noel Rosa, Carlos Galhardo, Ataulfo Alves e Araci de Almeida, no DIC V. A cerimônia marcou o fim de uma espera de mais de 40 anos por parte dos moradores que já estavam desesperançosos.

Com as matrículas emitidas pelo Cartório de Registro de Imóveis, os moradores agora têm a posse oficial de suas propriedades, assegurada por meio da regularização fundiária. Esse registro não só viabiliza investimentos e melhorias nos imóveis, como garante segurança jurídica e estabilidade às famílias beneficiadas.

O prefeito Dário Saadi participou da cerimônia e enfatizou o trabalho técnico envolvido no processo.
“É um processo técnico rigoroso. Se faltar algum documento ou se algo não estiver em conformidade, o cartório devolve tudo e manda refazer. Por isso, leva tempo. Quero agradecer a equipe da Cohab e da Sehab, que vêm desempenhando um papel fundamental na história de Campinas, levando dignidade às famílias por meio da regularização fundiária”, disse o prefeito.
Em 9 de junho do ano passado foram entregues 492 matrículas de imóveis (casas) aos moradores do DIC V. 

A cerimônia contou também com a presença do secretário de Habitação, Luiz Cirilo, dos vereadores Rodrigo da Farmadic, Otto Alejandro e Mineiro do Espetinho entre outros convidados.

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A história do bairro

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O projeto de loteamento  do DIC V foi desenvolvido pela Cohab em 1982 para atender a demanda habitacional do Distrito Industrial de Campinas.
A demora da regularização, segundo a Cohab, aconteceu porque o processo dependeu de decisão judi- cial. No final de 2020, a Justiça concluiu a desapropriação e então prosseguiu-se a regularização.
Ainda de acordo com a empresa, a razão do loteamento não ser regularizado embora tenha sido lançado pela Cohab aconteceu porque inicialmente a área do antigo Jardim Acadêmico (como era chamado antes da criação dos DICs) foi adquirido pela EMDEC e só depois foi passado para a Cohab.