03/11/2024
Em encontro promovido pela Frente Parlamentar em Defesa e Acompanhamento da Construção de Vias Marginais na Rodovia Santos Dumont, presidida pelo vereador Rodrigo da Farmadic (União), aconteceu em, 31 de outubro mais uma reunião no Plenário da Câmara de Campinas entre equipes da Prefeitura de Campinas e da concessionária Via Colinas, do grupo Via Appia Concessões, que se reuniram para novas análises e discussão do projeto para construção das marginais da rodovia Santos Dumont.
No encontro, a concessionária da rodovia apresentou adequações do projeto apontadas por várias secretarias municipais em relação ao projeto executivo. Também foram colocadas novas questões sobre os fluxos viários dos bairros ao longo do trajeto e definido o planejamento das próximas etapas de avaliação do projeto.
Visão geral da implantação do projeto das marginais SP-075 – Campinas
Trecho de interdição
Do km 70,5 ao km 77,6 – Pistas norte e sul ( Segmento compreendido entre as rodovias Bandeirantes e Anhanguera.
Investimento
Na ordem de R$ 400 milhões
Geração de empregos
Expectativa de geração de 5.795 empregos diretos, indiretos e via efeito renda¹
¹https://onti.infrasa.gov.br/aplicacoes/calculadora-de-empregos/
O projeto
4,0 km de vias marginais adicionais ao existente;
3,5 km de faixas adicionais nas vias principais;
6 obras de arte especiais, sendo 2 viadutos, 2 pontes e 2 passarelas;
Revitalização do pavimento, sistema de drenagem e sinalização nos 14 km da infraestrutura viária final.
Durante as reuniões de trabalho sobre as marginais da Santos Dumont, o secretário de Relações Institucionais de Campinas, Marcos Lena, destacou que o interesse da comunidade está norteando o avanço das soluções para a obra. “A ideia é minimizar os impactos e adequar as marginais ao viário da cidade e dos bairros que estão ao redor do trecho, para melhor atender os moradores e empresários estabelecidos nestes locais”, afirmou.
A equipe técnica da Prefeitura fez apontamentos técnicos e específicos ao projeto, que passou por uma revisão final.
“Os trabalhos avançaram desde a proposta inicial, neste estudo do trajeto de 7 quilômetros. Estão foram analisados os acessos e as saídas, a transposição de passarela de pedestres, e as demais adequações. A concessionária fez a revisão final do projeto e encaminhou para à próxima etapa, com procedimentos internos. Depois, será encaminhado à Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) para homologação”, disse a secretária-adjunta da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (SMPDU) de Campinas, Marcela Pupin.
Vereador Rodrigo da Farmadic acredita que obras devem começar ano que vem
Rodrigo da Farmadic vereador e presidente da Frente Parlamentar em Defesa e Acompanhamento da Construção de Vias Marginais na Rodovia Santos Dumont, destacou a reportagem do Jornal Legal que foram feitas as atualizações e adequações necessárias do projeto e acredita que até o segundo semestre de 2025 as obras devem começar.
O secretário de Relações Institucionais de Campinas, Marcos Lena, destacou que o desenvolvimento do projeto considera os interesses de moradores, comerciantes e usuários das comunidades no entorno do trecho que receberá as obras.
Passarelas e melhorias na iluminação e na sinalização
Haverá a construção de passarelas e melhorias na iluminação e na sinalização. O valor estimado para a realização da obra é de cerca de R$ 400 milhões. A execução ficará a cargo da concessionária e do Governo do Estado.
Também esteve presidente à reunião o vice presidente de concessões da Via áppia Thiago Ferreira, que se mostrou otimista com o andamento do projeto.
''Apresentamos nesta reunião as adequações necessárias que faltavam no projeto, outros questionamentos pontuais foram colocados e serão adequados e então encaminharemos a Artesp para homologação'' garantiu Ferreira.
A obra
As marginais terão cerca de 7 quilômetros de extensão, nos dois lados da rodovia, com larguras variáveis ao longo do trecho que vai do entroncamento com a rodovia Anhanguera - a Santos Dumont tem início após a avenida Prestes Maia onde há o cruzamento com a Anhanguera, próximo aos bairros Parque Oziel e Jardim do Lago até o encontro com a rodovia Bandeirantes, o que aliviará o tráfego em especial em pontos críticos , entre eles o acesso a Campinas pela Avenida Prestes Maia, bem como o acesso a bairros como Parque Oziel, Jardim do Lago, Jardim América e principalmente o distrito do Ouro Verde.
Retrospectiva | Obras foram anunciadas em janeiro de 2015
As primeiras tratativas para a criação das marginais da rodovia Santos Dumont remontam a 2007, já o início das obras foi anunciado pelo governo do estado em janeiro de 2015, são vários anos de espera, será que desta vez sai do papel?
A obra é de muita importância para melhorar a fluidez dos veículos que trafegam principalmente nos horários de pico e sofrem com congestionamentos cada vez maiores. Num jogo de empurra empurra, a demora para início das obras da rodovia Santos Dumont já passam de 9 anos após ser anunciada para janeiro de 2015. Em dezembro daquele ano o Jornal Legal publicava mais uma de tantas matérias relacionadas as construções das marginais. Veja abaixo um trecho da matéria e entenda o desenrolar da história.
Na época, a previsão foi dada com a justificativa de que o projeto funcional já havia sido aprovado e que o passo seguinte seria a elaboração do projeto executivo pela concessionária que administrava o trecho e que seria responsável pelas obras, a Rodovia das Colinas.
No início de novembro de 2015, o então governador Geraldo Alckmin garantiu durante uma coletiva de imprensa que as negociações para a construção das marginais estavam sendo concluídas e que a expectativa era anunciar o projeto final até o final do mês. Um dos impasses para o início das obras também estaria relacionado às propostas de alterações do projeto pela Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), que deveriam passar por análise.
Desta vez, a Artesp declarava que a concessionária teria que enviar o projeto geométrico executivo da obra, uma vez que o projeto funcional já teria sido aprovado. O início das obras ainda teria que passar pela burocracia relacionada à questão ambiental, além do processo de desapropriações de áreas que deveriam receber as novas marginais.
O entrave >>> As desapropriações
Segundo a agência, o governo do Estado e a Prefeitura de Campinas possuíam um acordo que determinava que a administração municipal seria responsável pelas desapropriações, uma vez que as alças que seriam construídas ficam fora da faixa de domínio da concessão rodoviária. A Prefeitura, por sua vez, defendia que o processo devia ser feito pelo Estado, já que se trata de uma obra.
Em nota, a Artesp declarava que aguardava o fechamento do projeto que estava em fase final de ajuste com a Prefeitura e que a licença ambiental deveria ser solicitada à Cetesb pela concessionária Colinas, e que só poderia ser feito após a finalização dos processos de desapropriações.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da concessionária afirmou que parte do projeto executivo já tinha sido entregue e, devido às alterações pedidas pela Emdec, o restante do projeto estava em elaboração.
Já a Emdec informava na época que uma reunião foi realizada entre técnicos dos órgãos para discutir apenas as interligações das marginais com a malha urbana do município.
Orçada em R$ 42 milhões em 2015 (Hoje o valor estimado para a realização da obra é de cerca de R$ 400 milhões), as marginais seriam construídas na região do Jardim Itatinga e seguiriam até o trevo de acesso ao aeroporto, entre os km 70 e km 77. Inicialmente, as obras deveriam ter começado em janeiro de 2015.